sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Noite Quente: Viver sem orgasmo é viver?

Mulher de 103 anos diz que segredo da longevidade é nunca ter feito sexo

Gladys Gough nunca se casou ou teve namorado. 'Provavelmente, teve algo a ver com isso', afirmou ela.


Hoje acordei e me deparei com essa matéria e não podia deixar de escrever um post sobre isso. Temos duas informações meio desencontradas entre o título e o subtítulo: o segredo da longevidade não é não ter feito sexo, esse é o segredo da infelicidade. (Gente tem coisa melhor que um orgasmo?? Talvez chocolate, mas há momentos em que até eu troco um bom orgasmo por uma barra de chocolate!). Agora preciso concordar com o fato de que ela viveu tanto porque nunca teve aporrinhação com homem, pois, vamos combinar: lidar com essas criaturinhas nos tira uns bons anos de juventude e nos deixa de cabelos brancos, não concordam?



Querida Gladys (olha a intimidade!), acho que você não perdeu nada não tendo namorado nem marido, não teve que discutir relação, não desconfiou de traição, não teve que fazer joguinho psicológico nem disputinha de ego, não teve que fazer ciúme em ninguém, nem teve que fingir que estava tudo bem, enquanto estava morrendo por dentro, não teve que suportar roncos, arrotos, não levou tapinhas na bunda acompanhados de “pô, bem que você podia fazer alguma coisa pra eu comer, hein?”, não teve que passar pelo constrangimento de não saber se tinha que dividir a conta ou se o cara ia pagar, nem ter que agüentar ele roncando depois do sexo, sendo que você nem gozou, e ter que acordar com o sorriso nos lábios pra não desagradar, não teve que aturar gritaria e mau humor em dia de jogo de futebol, nem ficar com o coração na mão naquela cervejinha com os amigos.

Eu concordo plenamente com você, compromissos, promessas e desequilíbrio emocional não fazem bem à saúde mesmo. Mas o que que sexo tem a ver com isso?

Por causa desse pequeno grande equívoco, você não sabe qual é a beleza de um orgasmo bem feito, a sensação de ter a roupa tirada devagarinho, quando cada simples toque te faz arrepiar da cabeça aos pés, a delícia de adiar o ápice do tesão com beijos e carícias em lugares do corpo que nem você imaginava que existiam e que pudessem dar prazer, não teve a sensação de massagear o corpo do seu parceiro com o seu próprio corpo e tê-lo também massageado, não conseguiu sentir o calor da penetração, nem a loucura mais animal do instinto sexual, que é o que há de menos racional e mais perceptivo em nós. É loucura, essa é a palavra. Nunca pôde ter a experiência de dar um orgasmo a uma pessoa, que é dos prazeres mais satisfatórios, mas também é fantástico receber e não saber de onde veio, depois olhar pra cara do seu parceiro e entender perfeitamente de onde ele veio. E nunca teve a sensação de cair exausta depois disso tudo, dar um beijo quente e ser abraçada por trás e dormir juntinho até o dia seguinte, dormir o sono mais bem dormido da sua vida.



Pois é, querida, o que que você fez nesses 103 anos que não incluíram essas sensações básicas? Nem todo o chocolate do mundo pode fazer com que você tenha algo parecido. Ou seja, você viveu pacas, mas não viveu plenamente, não se deixou levar pelos pequenos prazeres da vida. De que que adiantou? Eu preferia viver metade do que você viveu, desde que tenha vivido plenamente. Fazendo as contas, ainda faltam uns 25 anos de vida pra mim, então. Esses primeiros 25 (sim, eu tenho 25 anos, tá?) foram vividos sem perder um minuto, sem deixar de lado nenhuma sensação, boa ou ruim que ela seja, mas uma coisa é certa: eu tenho história pra contar e quando estiver diante de São Pedro, vou poder dizer:  “Amigo, me manda pra onde tu quiser, pois o que eu vive lá embaixo já fez valer a pena”!

E você, vai dizer o que pra ele? Canta essa musiquinha, e vê se ele te deixa entrar...


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